As quadras que apresentamos
foram recolhidas em Alves Redol.
Cancioneiro do Ribatejo.
Centro Bibliográfico.
V. Franca de Xira: 1950
"Quem não tem olhado senão à superfície da nossa literatura, não crê que ao pé, por baixo, andava outra literatura que era a verdadeira nacional, a popular, a vencida, a tiranizada por invasores gregos e romanos."
Garrett
Abrantes
Adeus Castelo d'Abrantes
onde batem as trindades;
só por causa das saudades
muito custa ser soldado:
encostado a uma cana
muiti frio tenho passado.
Santo António de Lisboa
venha ver o que cá vai;
deu doença nas cachopas
que até o cabelo lhes cai.
Alcanena
Trigueirinha e engraçada,
sou filha de lavrador:
vou ao mato, vou à lenha,
quer assim o meu amor.
Minde
Serra de Santo António
Nâo há terra como Minde,
Serra como a de Alvados;
Festa como a das Virtudes,
onde cantam namorados.
Alcanena
Vai-te carta, vai-te carta,
que lindos olhos vais ver,
quem me dera ir agora,
onde esta carta vai ter.
(ver +)
Sem comentários:
Enviar um comentário