quinta-feira, 14 de novembro de 2013

16 DE NOVEMBRO 2013

JOSÉ SARAMAGO FARIA 89 ANOS

Não me Peçam Razões...

Não me peçam razões, que não as tenho,
Ou darei quantas queiram: bem sabemos
Que razões são palavras, todas nascem
Da mansa hipocrisia que aprendemos.

Não me peçam razões por que se entenda
A força de maré que me enche o peito,
Este estar mal no mundo e nesta lei:
Não fiz a lei e o mundo não aceito.

Não me peçam razões, ou que as desculpe,
Deste modo de amar e destruir:
Quando a noite é de mais é que amanhece
A cor de primavera que há-de vir.

Apresentação do livro-homenagem a Manuel António Pina | Bibliotecas Municipais do Porto

Apresentação do livro-homenagem a Manuel António Pina | Bibliotecas Municipais do Porto

EVOCANDO ... A 18 DE NOVEMBRO DE 2013 FARIA 70 ANOS


MANUEL ANTÓNIO PINA


Um problema de multiplicar
Numa multiplicação,
Se um dos factores faltar
E outro chegar atrasado,
Quando é o resultado?
Valerá a pena esperar?


Um problema de dividir
Partindo da proposição
“Dividir para reinar”,
divide até te fartar
e calcula a reinação! 

in "PEQUENO LIVRO DE DESMATEMÁTICA"

A Poesia Vai Acabar

A poesia vai acabar, os poetas
vão ser colocados em lugares mais úteis. 


Por exemplo, observadores de pássaros
(enquanto os pássaros não
acabarem). Esta certeza tive-a hoje ao
entrar numa repartição pública. 


Um senhor míope atendia devagar
ao balcão; eu perguntei: «Que fez algum
poeta por este senhor?»
E a pergunta
afligiu-me tanto por dentro e por
fora da cabeça que tive que voltar a ler
toda a poesia desde o princípio do mundo. 


Uma pergunta numa cabeça.
— Como uma coroa de espinhos:
estão todos a ver onde o autor quer chegar? —


Manuel António Pina, in "Ainda não é o Fim nem o Princípio do Mundo. Calma é Apenas um Pouco Tarde"

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

16 de Outubro

DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL






















PIRÂMIDE INVULGAR
(partilha de Hélia Correia)
QUEM ROUBOU O GELADO?


quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Efemérides

A 10 de Outubro de 1810, durante a terceira invasão francesa, o exército luso-inglês comandado pelo general Arthur Wellesley, toma posição nas Linhas de Torres Vedras, fortificação construída em segredo para deter a progressão, em território nacional, das forças napoleónicas do general Messena. Os franceses, com uma força de cerca de 65.000 homens, chegam às Linhas no dia 14, sendo derrotados.


O 10 de Outubro foi escolhido para Dia Mundial da Saúde Mental. O termo doença mental engloba um vasto leque de condições que afectam a mente, provocando sintomas como distúrbio da conduta, desequilíbrio emocional e enfraquecimento da memória. A mente ponde ser afectada por doenças de outras partes do corpo ou, inversamente, ela própria pode desencadear outras doenças ou dar origem a sintomas somáticos.


Na segunda quarta-feira de Outubro de cada ano, celebra-se o Dia Internacional da Prevenção de Catástrofes Naturais. No ano de 2012, esse dia recai a 10 de Outubro.

sábado, 5 de outubro de 2013

Mês internacional da biblioteca escolar 2013


Biblioteca escolare: uma porta para a vida

Segundo os princípios estabelecidos pela International Association of School Librarianship (IASL), o "Mês Internacional da Biblioteca Escolar" permite aos responsáveis pelas bibliotecas escolares, em todo o mundo, escolher um dia, em outubro, que melhor se adeque à sua situação de forma a celebrar a importância das bibliotecas escolares. O Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares decidiu declarar o dia 28 de outubro como o Dia da biblioteca escolar, permitindo, deste modo, às escolas a preparação atempada de atividades específicas a realizar nesse dia, independentemente das ações que possam levar a efeito noutros dias do mês.

A RBE associa-se, deste modo, a este evento internacional, convidando todas as bibliotecas a inserirem na página de atividades do portal RBE, durante o mês de outubro, uma atividade que considerem significativa e ilustrativa do modo como comemoraram a data. À medida que forem sendo publicadas, a RBE divulgará nos Destaques algumas destas atividades. Este envio também pode ser dirigido por mail para a IASL, de modo a que a atividade possa constar, igualmente, da sua página "What people are doing for ISLM 2013".
Para celebrar a data, a IASL propôs, como habitualmente, um tema aglutinador: Biblioteca escolar: uma porta para a vida.

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

LUÍS PASTEUR (1822-1895) 28 DE SETEMBRO RECORDAR UM GÉNIO E FILANTROPO


       
      Na base da cura de doenças epidémicas estiveram investigações e estudos levados a cabo, na maior parte dos casos, não por médicos mas por químicos. A Europa de 1815 assistiu à derrota de Napoleão em Waterloo. Em1831 Charles Darwin partiu para a sua viagem à volta do mundo para estudar as origens das espécies. Entre estes dois acontecimentos, nasceu a 27 de Dezembro de 1822, em Dale, no Leste de França, Luís Pasteur, terceiro filho de Jean-Joseph Pasteur, industrial de peles. Luís frequentou a escola de Arbois e em 1839 entrou para o Colégio Real e Besançon para cursar Letras e Ciências, mas curiosamente não teve grande nota a Química, disciplina que o tornaria famoso e admirado. Seguiu-se a Escola Normal Superior, em 1843, tendo-se distinguido como bom aluno nas Cadeiras de Física, Matemática e Química. Os colegas admiravam a sua vontade indomável e as muitas horas que dedicava ao estudo.
             Pasteur fez o doutoramento em Ciências, a 23 de Agosto de 1847, apenas com 25 anos. Nesse tempo a ignorância sobre as bactérias era grande e não se sabia que estavam espalhadas no ar, por todo o lado. O médico húngaro Ignaz Semmelweisse, nesse mesmo ano aconselhava todos os médicos a lavarem bem as mãos com água e sabão. Esse simples gesto fez decrescer significativamente o número de parturientes que sucumbia, devido a febres contraídas logo após o parto, provocadas por germes. Mais tarde Pasteur estudaria também os efeitos dos micróbios (termo que data de 1878) causadores das febres puerperais.
             Um dos fundadores da química orgânica foi Jean-Baptiste Dumas, que Pasteur sempre considerou o seu pai espiritual, a cujas aulas assistiu na Sorbonne e que foram o incentivo para que o jovem Luís estudante se sentisse atraído em prosseguir os estudos da química do sangue. Depois, entre 1844 e 1847, Pasteur irá estudar os ácidos contidos nos frutos observando-os ao microscópio e expondo-os à luz polarizada, até chegar a conclusões inéditas. Foi o seu primeiro triunfo científico, que apresentou publicamente na Academia das Ciências de Paris. Já professor de Química em Estrasburgo, aos 27 anos, casa com Marie Laurent, filha do reitor da universidade dessa cidade, e tiveram cinco filhos, tendo apenas dois chegados à idade adulta. As mortes de dois filhos ainda muito pequenos com febre tifóide afectaram vivamente o casal Pasteur e foram decisivos para o prosseguimento dos estudos e investigações sobre as doenças causadas por micróbios. Porém Pasteur ficou sobretudo famoso pela descoberta da vacina contra a raiva, em particular pela circunstância de estar em risco a vida e uma criança.

A segunda metade do séc. XIX foi o primeira grande época das descobertas científicas na química, medicina e princi-palmente biologia – e contou com um número considerável de grandes investi-gadores que transformaram o mundo, até aí pasto de mortíferas e inexplicáveis doenças, num planeta onde a mortalidade infantil começou a decrescer visivelmente. No séc. XX, as vacinas, os antibióticos e as anestesias permitiam que o sofrimento físico da humanidade fosse significativamente reduzido. Hoje esquecemos como eram comuns epidemias que devastavam números astronómicos de pessoas em vastas regiões dos continentes europeus, africano e asiático, às portas do séc. XX. Em finais de Setembro de 1892 grassava uma epidemia de cólera na Europa que abrangia a Alemanha, Áustria, Bélgica, França e parte da Rússia, ao ponto de ser notícia de primeira página no jornal português O Século. A população de Portugal, devido à situação geográfica e à pouca mobilidade das pessoas, não foi contaminada. 

A vacina que salvou o jovem José Meister


             É mundialmente conhecido o caso do rapazinho alsaciano de nove anos, José Meister, que, em Julho de 1885 foi mordido catorze vezes por um cão com a doença da raiva. A mãe suplicou a Pasteur que lhe salvasse o filho. Até à data ninguém sobrevivera a estas mordeduras. O cientista esteve hesitante, porque ainda só testara a sua vacina em animais e era um risco enorme experimentá-lo num ser humano. Pasteur disse mesmo ao seu colega de investigação Emílio Roux que estava disposto a servir ele próprio de cobaia para poder testar a reacção. Porém surgiu esta emergência e Pasteur passou momentos de angústia até se decidir. E pensou: se o rapaz morre depois de vacinado? Como as hipóteses de sobrevivência sem vacina eram nulas, arriscou. Luís Pasteur era químico e hoje diríamos biólogo, mas não era médico, por isso não podia ser ele a ministrar a vacina sob pena de ser processado. Pediu então ao dr. Grancher, seu assistente que o fizesse. Sessenta horas depois de ter sido mordido, José Meister recebeu a primeira de 12 injecções anti-raiva, que lhe foram sendo injectadas uma após outra sob apertada vigilância. Família e cientistas aguardaram várias semanas. Por fim o jovem sobreviveu. Este jovem ficou para sempre agradecido a Pasteur e deu mesmo a vida por ele, já vamos saber como e quando.
             A repercussão do sucesso da vacina anti-rábica foi tal que a Academia das Ciências desenvolveu um projecto para criar uma instituição de investigação (futuro Instituto Pasteur) que foi bem acolhido no estrangeiro, tendo o próprio czar Alexandre III contribuído com cem mil francos. O Instituto foi inaugurado em 1888, no mesmo ano em que Vicent Van Gogh pintava na Provença, a sequência dos «Girassóis».
             Pasteur foi admitido como membro da Academia de Medicina, em 1873 e em 1882 na Academia Francesa, prestigiadas instituições.
             Em 1940, na 2ª Guerra Mundial, quando as tropas de Hitler invadiram a França, um grupo de militares quís forçar a entrada do Instituto Pasteur – onde repousam, numa cripta os restos mortais de Pasteur. José Meister era o responsável pela segurança e, ao verificar que não conseguia impedir os nazis entrassem, suicidou-se (os cientistas nazis tinham a paranóia de estudar os cérebros de pessoas consideras génios). Mas o cérebro de Pasteur não foi roubado.
             Luís Pasteur já entrara na História pela sua descoberta, mas o seu contributo para a Humanidade foi muito maior. O estudo da fermentação levá-lo-ia a descobrir o porquê dos vitivinicultores, de diversas zonas do seu país verificarem, com tanta frequência que os seus vinhos se transformavam em vinagre, sendo uma enorme perca para a economia francesa. E isto passou a ser particularmente grave a partir de 1860, depois de assinado o tratado comercial entre a França e a Grã-Bretanha, por se verificar que grande percentagem dos vinhos não resistiam à viagem, estragando-se irremediavelmente. Nessa época a França produzia 50 milhões de hectolitros de vinho por ano. A perda do precioso líquido era uma calamidade. O imperador Napoleão III (sobrinho de Napoleão Bonaparte) pediu a Pasteur que investigasse o porquê da fermentação do vinho e proporcionou-lhe as melhores condições de trabalho, equipando laboratórios para que o grande químico pudesse dedicar-se inteiramente a essa investigação. Foi criado, em 1867 o laboratório de físico-química expressamente para Pasteur, na Escola Normal Superior. Depois de aturados estudos o cientista descobriu que submetendo o vinho a um aquecimento elevado durante alguns segundos, e logo de seguida, a um repentino abaixamento da temperatura a menos de dez graus, matava os germes que alteravam os líquidos. Este sistema foi depois utilizado na cerveja e vinho, daí o termo «pasteurizado» que todos conhecemos.

Criador da Microbiologia


             O cientista ao verificar a disseminação de germes no ar lançou as bases da microbiologia (1858-1864). Também estudou a doença que atacava os bichos-da-seda ainda em casulo. Como se sabe, a França tem uma centenária tradição de fabrico de seda natural e as descobertas de Pasteur tiveram uma imensa repercussão na economia do País. Modesto e simples Pasteur recusou receber cem mil francos pelos direitos da vacina contra o carbúnculo que até então dizimava os carneiros da África do Sul e recordava com pesar que o seu colega alemão Liebig tinha autorizado que o seu nome fosse comercializado nas famosas sopas enlatadas. Hoje poucos sabem que Justus von Liebig (1803-1873) foi um eminente químico alemão que estudou a fermentação dos frutos e legumes e foi o fundador da química orgânica, em 1840.
             Na vida do casal Pasteur também havia convites irrecusáveis, como aquele que lhes foi feito pelo Imperador Napoleão III para irem passar uns dias com o casal imperial a Compiègne. Napoleão III foi casado com uma espanhola a imperatriz Eugénia do Montijo, extremamente bonita e que morreu com mais de 90 anos.
             Pasteur aos 46 anos é vítima de uma trombose que lhe paralisou o lado esquerdo do corpo, mas continuou a trabalhar, mas sabe-se que o cientista era difícil no trato com os colaboradores. Um deles queixava-se. «É uma excelente pessoa, excepto quando trabalhamos com ele. Aí, é inflexível e autoritário».

Pasteur versus Koch


             Por essa época o médico e cientista Robert Koch (1843-1910), prémio Nobel da Medicina em 1905, descobriram, com base nas investigações de Pasteur, que o germe do antraz (doença grave detectada primeiro nos animais e de fácil propagação aos humanos) poderia ser estudado em laboratórios. Koch descobre a cura da tuberculose, que foi conhecida como «bacilo de Koch.» Mas Pasteur também tinha as suas intolerâncias e não quís trabalhar com Koch, porque este, além de alemão, tinha sido militar e lutado contra a França na sangrenta guerra franco-prussiana entre 1870-1871.
             Pasteur passou a usufruir de uma pensão dada pelo governo de Napoleão III, a partir de 1887. Sempre a trabalhar em 1882 descobre a cura do carbúnculo. Aos 70 anos recebeu da III República Francesa uma grandiosa homenagem, na Sorbonne, estando presentes representantes dos Governos de Itália, Rússia, Suécia, Alemanha e Turquia. Deve-se à rainha D. Amélia de Orleães e Bragança, de origem francesa teve a iniciativa de abrir em Portugal o primeiro Instituto Pasteur.
             Luís Pasteur morreu a 28 de Setembro de 1895 e a viúva opôs-se a que fosse para o Panteón onde repousam os notáveis de França. No ano seguinte passou a repousar numa cripta especialmente concebida para ele no Instituto Pasteur. As cerimónias fúnebres ocorreram em 5 de Outubro no Palácio de Versalhes e tiveram as honras de um funeral de Estado. O cortejo fúnebre saiu da basílica de Nôtre-Dame e o presidente da República Feliz Faure esteve presente. O rei D. Carlos de Portugal fez-se representar pelo seu ajudante de campo e o elogio fúnebre coube a Poincaré, ministro da Instrução. Pasteur ocupa um lugar cimeiro na Ciência mundial do séc. XIX. 

Texto de Maria Luísa V. de Paiva Boléo

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

PABLO NERUDA - POETA CHILENO - MORREU EM SANTIGO DO CHILE A 23 DE SETEMBRO DE 1974 APÓS GOLPE DE ESTADO DE PINOCHET

Saudade

Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...

Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...

Saudade é sentir que existe o que não existe mais...

Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...

Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.

E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.

O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.
Pablo Neruda

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

A BIBLIOTECA NACIONAL CELEBRA O CENTENÁRIO DO NASCIMENTO DE iILSE lOSA

Ilse Losa (1913-2006)

MOSTRA 

| 9 setembro - 16 novembro 

| Sala de Referência 

| Entrada livre


No ano em que se comemora 

o centenário do nascimento de Ilse Losa, 

a BNP dedica-lhe uma pequena mostra. 

Para além da bibliografia, 

poderão ser vistos 

alguns originais de artistas 

que ilustraram a sua obra, 

como Júlio Resende, 

João Machado e João Nunes.


Ilse Losa nasceu em Bauer, 

na Alemanha, a 20 de março de 1913, 

e morreu no Porto, a 6 de janeiro de 2006. 

Frequentou o liceu em Osnabrück e Hildesheim 

e depois o Instituto Comercial em Hannover.
Durante o ano de 1930, em Inglaterra, 

teve os primeiros contactos 

com escolas infantis 

e com os problemas das crianças. 

Sendo judia, foi forçada 

a sair definitivamente da Alemanha em 1934, 

refugiando-se em Portugal, 

onde casou com o arquiteto Arménio Losa, 

adquirindo a nacionalidade portuguesa.

(ver +)

domingo, 15 de setembro de 2013

A 17 de SETEMBRO de 1850 nasceu


alto funcionário administrativo,
político, deputado, jornalista,
escritor e poeta português (m. 1923).






O Primeiro Filho(Carta ao amigo Bernardo Pindela)

Entre tanta miséria e tantas coisas vis
Deste vil grão de areia,
Ainda tenho o condão de me sentir feliz
Com a ventura alheia.

À minha noite triste, à noite tormentosa,

Onde busco a verdade,
Chegou com asas d'oiro a canção cor-de-rosa
Da tua felicidade.

És pai, viste nascer um fragmento d'aurora

Da tua alma, de ti...
Oh, momento divino em que o sorriso chora,
E em que o pranto sorri!

Que ventura radiante! oh que ventura infinda!

Olímpicos amores
Ter frutos em Abril com o vergel ainda
Carregado de flores!

Deslumbramento!... ver num berço o teu futuro

Sorrindo ao teu presente!...
Ter a mulher e a mãe: juntar o beijo puro
Com o beijo inocente!...

Eu que vou, javali de flanco ensanguentado,

Pelos rudes caminhos
Ajoelho quando escuto à beira dum valado
Os murmúrios dos ninhos!

Em tudo que alvorece há um sorriso d'esperança,

Candura imaculada!...
E quer seja na flor, quer seja na criança
Sente-se a madrugada.

Quando, como um aroma, o hálito da infância

Passa nos lábios meus
Vejo distintamente encurtar-se a distância
Entre a minh'alma e Deus.

A mão para apontar o azul, mão cor-de-rosa

Que aconselha e domina,
Será tanto mais forte e tanto mais bondosa
Quanto mais pequenina.

Guerra Junqueiro, in 'Poesias Dispersas'

NOVO COMEÇO


Neste novo ano

A Biblioteca
Vai ter
Caras novas
E de formas
Também novas
Irá ser
Centro de aprendizagens
Para todos.

BOAS LEITURAS
MUITAS AVENTURAS!

domingo, 9 de junho de 2013

10 de Junho Dia de Portugal de Camões e das comunidades



Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades


Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, 
Muda-se o ser, muda-se a confiança: 
Todo o mundo é composto de mudança, 
Tomando sempre novas qualidades. 

Continuamente vemos novidades, 
Diferentes em tudo da esperança: 
Do mal ficam as mágoas na lembrança, 
E do bem (se algum houve) as saudades. 

O tempo cobre o chão de verde manto, 
Que já coberto foi de neve fria, 
E em mim converte em choro o doce canto. 

E afora este mudar-se cada dia, 
Outra mudança faz de mor espanto, 
Que não se muda já como soía.
Luís Vaz de Camões, in "Sonetos"

quarta-feira, 5 de junho de 2013

8 de Junho


DIA MUNDIAL DOS OCEANOS



"Juntos temos o Poder para Proteger os Oceanos"



A importância dos oceanos para a preservação das espécies e da biosfera são alguns dos factos destacados pelas Nações Unidas, que escolhe todos os anos um tema central para o debate de novas ideias e projetos de preservação e proteção dos oceanos.

Dia Mundial do Ambiente



A celebração do Dia Mundial do Ambiente teve início em 1972.
O dia 5 de Junho foi escolhido para festejar a data pois marca o dia em que teve início a Conferências das Nações Unidas sobre o meio ambiente.


Em 2013, a ONU chama a atenção para o desperdício de comida. (...) 
e, no entanto, em todo o planeta, uma em cada sete pessoas vai para a cama com fome e, em cada ano, 20 mil crianças com menos de 5 anos morrem por desnutrição.

quando desperdiçamos alimentos, perdemos também todos os recursos utilizados na sua produção. Para se fazer:
  • um litro de leite, utilizamos mil litros de água
  • um quilo de hambúrguerutilizamos 16 mil litros de água

a produção de comida tem um grande impacto ambiental: ocupa 25% das terras do planeta 
é responsável por: 
  • 70% do consumo de água doce, 
  • 80% do desflorestamento e 
  • 30% das emissões dos gases de efeito estufa.


quinta-feira, 30 de maio de 2013

CONVITE A VISITAR EXPOSIÇÃO NA BMAG

TRABALHOS EFETUADOS PELOS ALUNOS 
NAS ESCOLAS DO CONCELHO DO PORTO
NO ÂMBITO DO PROJETO DE ANIMAÇÃO COMUM
DA BIBLIOTECA MUNICIPAL ALMEIDA GARRETT
COM AS BIBLIOTECAS ESCOLARES

quarta-feira, 29 de maio de 2013

O CORPO DE DEUS

A 30 DE MAIO DE 2013
EXPOSIÇÃO NO ÁTRIO DA bIBLIOTECA
este ano não é feriado

"O Corpo de Deus" 
Descrito na Literatura Portuguesa


(…) Corre por Lisboa a não fausta notícia
de que este ano a procissão do
Corpo de Deus
não trará as antigas figuras dos gigantes,
nem a serpente silvante, nem o dragão flamejante,
e que não sairão as tourinhas, e também não haverá danças da cidade,
nem marimbas, nem charamelas,
não virá o rei David dançando adiante do pálio. (...)

(SARAMAGO, José) MEMORIAL DO CONVENTO

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Prémio Camões 2013

Mia Couto vence prémio Camões (Expresso O Prémio Camões foi hoje atribuído a Mia Couto, disse à Lusa a Secretaria de Estado da Cultura. O escritor moçambicano é o 25º vencedor do prémio Camões.

Conto: O não desaparecimento de Maria Sombrinha - Mia Couto

Afinal, quantos lados tem o mundo no parecer dos olhos do camaleão?
Já muita coisa foi vista neste mundo. Mas nunca se encontrou nada mais triste que caixão pequenino. Pense-se, antemanualmente, que esta estória arrisca conter morte de criança. Veremos a verdade dessa tristeza. Como diz o camaleão - em frente para apanhar o que ficou para trás.
Deu-se o caso numa família pobre, tão pobre que nem tinha doenças. Dessas em que se morre mesmo saudável. Não sendo pois espantável que esta narração acabe em luto. Em todo o mundo, os pobres têm essa estranha mania de morrerem muito. Um do mistérios dos lares famintos é falecerem tantos parentes e a família aumentar cada vez mais. Adiante, diria o camaleonino réptil.
A família de Maria Sombrinha vivia em tais misérias, que nem queria saber de dinheiro. A moeda é o grão de areia esfluindo entre os dedos? Pois, ali, nem dedos. Tudo começou com o pai de Sombrinha. Ele se sentou, uma noite, à cabeceira da mesa. Fez as rezas e olhou o tampo vazio.
- “Eh pá, esta mesa está diminuir!”
Os outros, em silêncio, balancearam a cabeça, em hipótese.
- “Vocês não estão a ver? Qualquer dia não temos onde comer.”
Ao se preparar para dormir, apontou o leito e chamou a mulher:
- “Esta cama cada dia está mais pequena. Um dia desses não tenho onde deitar.”
Debateram o assunto, timidamente, com o pai. Sugeriram que a razão pudesse ser inversa: o mundo é que estava a aumentar, encurralando a aldeiazinha. Fosse o caso dessa suposição, a aldeia estaria metida em vara de sete camisas. Mas o velho não arredou ideia. Casmurrou contra argumento alheio, ancorado na teima dele.
Por fim, sua visão minguante aconteceu com Sombrinha. Ele via o tamanho dela se acanhar, mais e mais pequenita. E se queixava, pressentimental:
- “Esta menina está-se a enxugar no poente...”
Todos se riam. O pai cada vez piorava. Face ao riso, o homem se remeteu à ausência. Se transferiu para as traseiras, se anichou entre desperdício e desembrulhos. A filha ainda solicitou comparência do mais velho.
- “Deixe o seu pai. lá onde está, ele não está em lugar nenhum.”
Valia a pena sombrear a miúda, minhocar-lhe o juízo? Mas Sombrinha não deixou de rimar com a alegria. Afinal, era ainda menos que adolescente, dada somente a brincriações. Sendo ainda tão menina, contudo, um certo dia ela se barrigou, carregada de outrem. Noutros termos: ela se apresentou grávida. Nove meses depois se estreava a mãe. Sem ter idade para ser filha como podia desempenhar maternidades?
A criancinha nasceu, de simples escorregão, tão minusculinha que era. A menina pesava tão nada que a mãe se esquecia dela em todo o lado. Ficava em qualquer canto sem queixa nem choro.
- “Essa menina só pára quieta!”, queixava-se Sombrinha.
Deram o nome à menininha: Maria Brisa. Que ela nem vento lembrava, simples aragem.(...)

Aquilino Ribeiro morreu há 50 anos


"Alcança quem não cansa"

(...)  promoveu uma agregação formal e institucionalizada dos escritores até conseguir criar, unido a alguns contemporâneos, a Sociedade Portuguesa de Escritores, de que foi fundador e presidente, isto no ano de 1956. O tempo não lhe subtrai o prestígio de grande figura da escrita, reconhecido dentro e fora de de Portugal. Atestam esse prestígio factos como a apresentação da sua candidatura ao Nobel, proposta por Francisco Vieira de Almeida e subscrita por José Cardoso Pires, David Mourão-Ferreira, Urbano Tavares Rodrigues, José Gomes Ferreira, Maria Judite de Carvalho, Joel Serrão, Mário Soares, Vitorino Nemésio, Abel Manta, Alves Redol, Luísa Dacosta, Vergílio Ferreira, entre muitos outros. Atestam-no também as homenagens que recebe no Brasil, país aonde se desloca, por motivos pessoais, no ano de 1952. Atesta-o sobremaneira o extraordinário movimento que se desenvolveu em sua defesa depois da publicação do romance Quando os Lobos Uivam, em 1958, considerado pelo regime como injurioso das instituições de poder e levando à instauração de um processo crime contra o escritor. Para além da defesa formal, levada a cabo pelo advogado Heliodoro Caldeira, Aquilino tem o apoio de cerca de 300 intelectuais portugueses que se juntam num abaixo-assinado pedindo o arquivamento do processo; fora de Portugal, François Mauriac redige uma petição em defesa de Aquilino, assinada, nomeadamente, por Louis Aragon e André Maurois e publicada em vários jornais e revistas franceses. O processo crime acaba por ser arquivado cerca de vinte meses depois da sua instauração, na sequência de uma amnistia.(...)
vida e obra


domingo, 12 de maio de 2013

DIA INTERNACIONAL DOS MUSEUS

18 de MAIO 

Este ano letivo 2012/13 o tema que temos referenciado tem sido 
O MAR
ASSIM A NOSSA PROPOSTA É QUE APROVEITEM O PROGRAMA DE VISITAS GUIADAS E OUTRAS INICIATIVAS DO


SEMINÁRIO EM 17 E 18 DE MAIO DE 2013



ESTE MUSEU, ATRAVÉS DA ARQUITETA  SÓNIA TELES, 
QUE É MEMBRO DA DIREÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DE PAIS DA EB IRENE LISBOA
OFERECEU À BIBLIOTECA O LIVRO 

“Guia Prático de Preparação de Algas Marinhas – Uma Coleção do Museu Marítimo de Ílhavo”, de Américo Simões Teles (edição póstuma)


Um museu é, na definição do International Council of Museums (ICOM, 2001), "uma instituição permanente, sem fins lucrativos, a serviço da sociedade e do seu desenvolvimento, aberta ao público e que adquire, conserva, investiga, difunde e expõe os testemunhos materiais do homem e de seu entorno, para educação e deleite da sociedade".

Os museus tiveram origem no hábito humano do colecionismo, que nasceu junto com a própria humanidade. Desde a Antiguidade remota o homem, por infinitas razões, coleciona objetos e lhes atribui valor, seja afetivo, cultural ou simplesmente material, o que justifica a necessidade de sua preservação ao longo do tempo. Milhares de anos atrás já se faziam registros sobre instituições vagamente semelhantes ao museu moderno funcionando. Entretanto, somente no século XVII se consolidou o museu mais ou menos como atualmente o conhecemos. Depois de outras mudanças e aperfeiçoamentos, hoje os museus, que já abarcam um vasto espectro de campos de interesse, se dirigem para uma crescente profissionalização e qualificação de suas atividades, e se caracterizam pela multiplicidade de tarefas e capacidades que lhes atribuem os museólogos e pensadores, deixando de ser passivos acúmulos de objetos para assumirem um papel importante na interpretação da cultura e na educação do homem, no fortalecimento da cidadania e do respeito à diversidade cultural, e no incremento da qualidade de vida.

fonte: WIKIPÉDIA

segunda-feira, 6 de maio de 2013

3 de Maio

Dia mundial da liberdade de Imprensa
da liberdade de expressão e de comunicação

em Portugal antes do 25 de Abril
denunciava-se, informava-se, proibia-se ...
vejam como nas imagens seguintes que são um pequeníssimo exemplo do que se passava

quarta-feira, 1 de maio de 2013

1º Maio

Este painel está à entrada da Biblioteca e tem informações sobre a origem DA COMEMORAÇÃO DO 1º DE MAIO COMO DIA DO TRABALHADOR
e imagens do 1º primeiro de Maio celebrado em Portugal depois de 25 de Abril de 1974

quinta-feira, 25 de abril de 2013

FEIRA DO LIVRO

NA BIBLIOTECA DA EB IRENE LISBOA
DE 26 DE ABRIL A 3 DE MAIO DE 2013

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Dia da Terra 2013 dá a conhecer o Rosto das Alterações Climáticas


Em 2013, o tema do Dia da Terra que se celebra hoje, 22 de abril, é “O Rosto das Alterações Climáticas”, sendo dados a conhecer exemplos deste fenómeno global por todo o mundo, bem como o que está a ser feito para o combater.

os alunos de Geografia da professora Marília Lobo escreveram testemunhos sobre as pegadas que deixam marcadas no nosso planeta em painel comemorativo do Dia da Terra

cuidar e semear os cravos da liberdade

segunda-feira, 8 de abril de 2013

DIA DA LIBERDADE

25 DE ABRIL
O TESOURO de Manuel António Pina

Operações militares do 25 de Abril em Lisboa




Este mundo da injustiça globalizada

José Saramago



DIA MUNDIAL DO LIVRO E DOS DIREITOS DE AUTOR

23 DE ABRIL

às 10h10
vamos todos ler durante 40 minutos
em qualquer espaço da escola

às 14h30


vamos pintar um mural com poemas sobre o mar de Sophia de Mello Breyner Andresen

domingo, 7 de abril de 2013

ENCONTRO COM LEITORES - ALUNOS, PAIS E PROFESSORES


17 DE ABRIL de 2013

14h30

Isabel Alçada

na Biblioteca

da escola EB Irene Lisboa
fala dos seus livros com os alunos



quarta-feira, 3 de abril de 2013

CONTADORA DE HISTÓRIAS


A contadora de histórias Mariana Machad
vai às escolas do 1º ciclo 
do agrupamento Carolina Michäelis: 
eb1 Bom Pastor - dia 4 de Abril - 14h30
 e eb1 da Constituição - dia 10 de Abril - 14h30
contar histórias de 


de que podes ter um cheirinho 
no endereço abaixo
http://www.ebitdabooks.com
podes também pedir dinheiro aos pais 
para comprar um livro 
na pequena feira do livro 
que lá vai estar montada